Greg Bilsland está de volta à Wizards of the Coast como Produtor Executivo de Dungeons & Dragons.Greg Bilsland está de volta à Wizards of the Coast como Produtor Executivo de Dungeons & Dragons. Conheça o histórico do designer por trás do Monster Manual 3 e o impacto da sua chegada após a aposentadoria de Chris Perkins.
Por: Paulo “Faren” Lima
Greg Bilsland volta à Wizards o editor por trás do MM3 4e está de volta

Postado em 

07/04/2025

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15:16

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“Voltar a trabalhar em Dungeons & Dragons é um retorno para casa.” Assim anunciou Greg Bilsland, em seu perfil no X (antigo Twitter), no fim da tarde desta segunda-feira. Conhecido pelos fãs mais atentos da 4ª e 5ª edição de D&D, Bilsland assumiu o cargo de Produtor Executivo de Dungeons & Dragons na Wizards of the Coast – um retorno simbólico e estratégico que reacende debates sobre o futuro do maior RPG do mundo.

A notícia pegou a comunidade de surpresa, mas foi recebida com entusiasmo. Com passagens por empresas como Bungie (onde foi Chief of Staff de Destiny 2) e The Believer Company, Greg carrega no currículo nove anos de história dentro da própria Wizards, atuando como editor, designer e depois gerente de marketing da linha D&D entre os anos 2007 e 2016. Seu nome aparece nos créditos de livros marcantes como o Monster Manual 3, Dark Sun Campaign Setting, Heroes of the Elemental Chaos, entre outros.

https://twitter.com/gregbilsland/status/1909242876342800727

Para os veteranos, o nome pode soar familiar: Greg esteve na Wizards entre 2007 e 2016, atuando como editor, designer e posteriormente gerente de marketing. Seu trabalho é especialmente lembrado por seu papel de liderança no Monster Manual 3 — uma obra que não apenas atualizou estatísticas, mas também reformulou toda a filosofia por trás do design de monstros da 4ª edição.

Além disso, sua carreira seguiu firme fora da Wizards, com passagens pela Bungie, onde colaborou em Destiny 2, e pela The Believer Company, sempre em papéis de liderança e produção criativa.

A volta de Greg à Wizards acontece num momento delicado e cheio de expectativa: a linha 2024 foi lançada, mas sua recepção — tanto em vendas quanto em opinião pública — ainda está sendo digerida. A saída de Perkins, nesse contexto, representa o fim de uma era. E a chegada de Bilsland pode ser vista como uma tentativa de renovar a base criativa com alguém que conhece tanto o legado quanto as necessidades técnicas do jogo.

“Greg produziu os livros de 2014, certo?” comentou um usuário veterano no fórum ENWorld. “Isso pode indicar uma continuidade para a 5E.” Outros, mais novos, reagiram com curiosidade: “Não conheço ele, mas parece promissor.”

Greg Bilsland retorna à Wizards: o impacto de sua volta ao D&D

A trajetória de Greg Bilsland no universo de Dungeons & Dragons é marcada por contribuições significativas que moldaram a experiência de jogo para muitos mestres e jogadores. Durante sua primeira passagem pela Wizards of the Coast, de 2007 a 2016, Bilsland desempenhou papéis cruciais, especialmente como editor líder do Monster Manual 3 (MM3).​

O MM3, lançado em 2010, introduziu mudanças notáveis no design de monstros. Bilsland e sua equipe aumentaram o dano causado pelos monstros em cerca de 30 a 40%, visando oferecer desafios mais significativos aos jogadores . Além disso, o livro apresentou um novo formato de estatísticas, organizado para facilitar a compreensão e uso durante as sessões de jogo. Essas alterações refletiram uma filosofia de design que buscava equilibrar narrativa envolvente com mecânicas desafiadoras.​

Após sua saída da Wizards, Bilsland atuou como Chief of Staff na Bungie, contribuindo para o desenvolvimento de Destiny 2. Sua experiência em liderar equipes criativas e gerenciar projetos de grande escala o consolidou como uma figura influente na indústria de jogos.​

Com o recente lançamento dos novos Livro do Jogador, Livro do Mestre e Livro dos Monstros, e a aposentadoria de Chris Perkins em 4 de abril de 2025, a volta de Bilsland ao cargo de P’rodutor Executivo de D&D sinaliza uma possível continuidade na evolução do jogo. Sua abordagem equilibrada entre tradição e inovação sugere que ele poderá guiar a franquia por caminhos que respeitam o legado do jogo, ao mesmo tempo em que introduzem novidades que atendam às expectativas da comunidade.

Greg Bilsland retorna à Wizards: o impacto de sua volta ao D&D

No último fim de semana, quando Greg Bilsland publicou sua mensagem discreta no X (antigo Twitter), a comunidade de Dungeons & Dragons reagiu em camadas. Parte expressou surpresa, muitos demonstraram entusiasmo, e outros — sobretudo jogadores mais recentes — confessaram não saber exatamente quem ele era.

“Ele produziu os livros de 2014, não foi? Isso pode ser um bom sinal para a estabilidade contínua da 5E.” — comentou um usuário no fórum ENWorld.

Em poucos minutos, a postagem original de Bilsland foi citada por nomes conhecidos, compartilhada nos Discords de D&D e discutida entre criadores de conteúdo. A reação não foi explosiva, mas foi simbólica. Greg, afinal, não é uma figura midiática como Chris Perkins ou Jeremy Crawford — mas para quem acompanha os bastidores do design de RPG, seu retorno representa algo maior: uma reafirmação da 5ª edição como base sólida, mesmo após a saída de Perkins.

Na prática, o novo Livro do Jogador de 2024 já está nas prateleiras. O “One D&D”, como foi chamado nos estágios iniciais de desenvolvimento, chegou com mudanças significativas de formato, acessibilidade e equilíbrio — mas se manteve firme na espinha dorsal da edição anterior. O receio de que a saída de nomes antigos da equipe pudesse levar a uma mudança brusca de rumo agora é minimizado com a presença de alguém que entende profundamente tanto o sistema quanto seu público.

Greg, como se sabe, ajudou a lapidar os princípios que sustentaram a virada de chave da 4E para a 5E. O Monster Manual 3, que ele editou e em parte escreveu, foi um dos primeiros sinais de ajuste fino dentro da filosofia mecânica da 4ª edição. Em entrevista à época, Bilsland falou sobre a necessidade de monstros mais ameaçadores, de encontros mais cinematográficos e de uma narrativa mais integrada às estatísticas.

“A luta precisa ser climática e transformadora. O monstro não pode ser estático — precisa afetar o campo de batalha e forçar os personagens a se adaptarem.”

Essa visão moldou toda uma geração de Mestres. E agora, com ele de volta, a expectativa é que esse mesmo equilíbrio entre desafio técnico e riqueza narrativa volte a ser marca registrada do design da franquia.

Ainda é cedo para especular quais produtos sairão sob sua liderança. Nenhum anúncio oficial foi feito além do próprio post. Mas entre jogadores experientes, a memória de um nome como o de Bilsland é suficiente para gerar confiança.

“Tenho a impressão de que gostava bastante desse cara.” — comentou outro veterano no ENWorld.

No fim, Greg não volta apenas para ocupar um cargo. Ele retorna em um momento delicado, onde a comunidade está atenta, crítica e mais participativa do que nunca. E justamente por isso, sua capacidade de ouvir — algo que ele próprio destacou como prioridade — pode fazer toda a diferença.

“Estou animado para reconectar com a comunidade e ouvir todos vocês.”

Em um cenário global onde D&D disputa atenção com sistemas independentes, novas plataformas digitais e um público cada vez mais diverso, ter alguém que sabe ouvir talvez seja a melhor jogada de todas.

O canal ARDDHU // RPG fez um vídeo completo sobre essa notícia. Confira:

Sobre o Autor

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Paulo "Faren" Lima

Considera RPG terapia, trabalha na Stone Co, viciado em processos, nascido e criado no Tocantins, narra em The Witcher.

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